quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conselho Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora se reuniu para discutir adesão ou não à Ebserh.

     O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora em reunião extraordinária na tarde desta terça, 02, discutiu sobre a decisão de aderir ou não à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Na oportunidade os conselheiros, durante quatro horas, debateram as vantagens e desvantagens da adesão à empresa. Diante da necessidade de maiores informação e aprofundamento do debate, dada a importância da decisão a ser tomada, foi marcada nova reunião do Consu para a próxima terça, 09, às 16h, quando será dada continuidade às discussões.
Os servidores públicos federais, por meio de seus sindicatos, e vários movimentos sociais, em especial a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde e os diversos Fóruns estaduais em defesa do SUS vêm lutando de forma intensa contra os ataques à autonomia dos Hospitais Universitários (HU), iniciados ainda no governo FHC. 
     Apesar da forte pressão exercida pelos movimentos, e de alguns poucos concursos para um número insuficiente de trabalhadores durante o Governo Lula, foi aprovada no Congresso, em 2011, a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que visa privatizar os HU. A luta agora é para que a adesão das universidades à Ebserh seja barrada nos Conselhos Universitários, que decidirão sobre o tema, mas o que temos visto é uma série de manobras com finalidade de dificultar o enfrentamento e colocar os dirigentes dos HU contra a parede.
     Até o MPU está fazendo vistas grossas aos argumentos de que sem a Ebserh os hospitais irão parar. Então, por que não fazem concurso para suprir as vagas com trabalhadores no regime jurídico único?
     Os Conselhos Universitários de algumas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do Paraná (UFPR), já se manifestaram, por unanimidade, contra a criação da empresa, na época da medida provisória 520/2010.
     Os docentes, os técnicos administrativos, os terceirizados, os trabalhadores em regime precarizados e os usuários dos serviços precisam se mobilizar e devem pressionar para que estes conselhos mantenham sua posição e que a mesma seja seguida pelas demais Ifes. A perspectiva é gerar uma grande onda de rejeição, por parte dos conselhos, à implementação da Ebserh nas Universidades Federais em todo o país.
Para isso, é preciso que todos se manifestem, ressaltou o Enfermeiro Washington.
     Para ele falta mais ações contundentes. Mais atividades que mostre à população os perigos de se ter um estado mínimo em uma área vital como é a área de saúde.

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